Equipamento de segurança para Downhill
Na ultima edição da Descida das Escadas de Santos que aconteceu em fevereiro deste ano (2011), um tema bastante comentado foi a falta de equipamento de segurança em alguns pilotos que inclusive chegaram às finais e se acidentaram nas tomadas de tempo que foram transmitidas ao vivo pela Rede Globo de televisão.
Muita discussão sobre o assunto foi levantada já que o esporte trata-se de um esporte radical e de alto risco, apesar de apresentar um número muito baixo de acidentes graves.
A imagem do esporte é realmente radical, assustadora inclusive para patrocinadores que investem na modalidade, mas está bem longe de ser um esporte perigoso. A organização da prova explica e compara o Downhill com alguns esportes que avaliam como esportes de risco. “ O ciclista de downhill atinge 60km/h no máximo em uma descida como Santos, e além dos equipamentos que a bicicleta possui como freios hidráulicos e suspensões de alta tecnologia para o amortecimento, o capacete é fabricado para absorver altos impactos. São equipamentos próprios para competição, super resistentes” comenta o organizador, Marcelo Coelho.
“O que difere de um esporte com menos impacto visual e que faz vítimas fatais todos os anos, como o ciclismo de estrada, que além de não ter nenhum equipamento a não ser um capacete aberto, sem queixeira, atinge velocidades superiores a 90 km/h nas descidas. O ciclista de estrada além de não ter equipamento suficiente para suportar um tombo, divide a estrada com veículos e motoristas, muitos deles irresponsáveis”.
Mesmo assim com a preocupação de trazer mais segurança para os pilotos, a organização aumentou o rigor para a participação, obrigando os pilotos a terem como equipamento de segurança obrigatório o capacete, a luva, o protetor cervical, cotoveleiras e joelheiras. Inicialmente estava sendo cobrado o uso de um colete para proteção da coluna, porém ainda não existem equipamentos disponíveis no Brasil para serem usados juntamente com o protetor cervical. A escolha da diretoria da Confederação Brasileira de Mountain Bike pelo protetor cervical foi unanime, pois as partes de proteção que existem no colete podem ser inseridas separadamente, o que não atrapalha o uso dos dois juntos.
A Confederação Brasileira de Mountain Bike trabalha no evento como consultora técnica, o evento é realizado pela Liga de Ciclismo do Litoral do Estado de São Paulo que é filiada a Federação Paulista de Ciclismo. O evento é organizado pela entidade com o apoio do Ministério do Esporte – Lei de Incentivo ao Esporte e Prefeitura Municipal de Santos.
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