Ciclo Aventura Pai & Filho entre Salvador e Maceió não tem preço!
O Professor Arnaldo Farias, editor do Portal "Nóis na Fita A TV", juntamente com um dos seus queridos filhos, George André, percorreram de bicicleta um percurso de 550 km. em 6 dias de pedal, quase tudo pela faixa litorânea entre Salvador (Bahia) a Maceió (Alagoas), que ainda contou com as ilustres companhias dos amigos baianos, Piruca e Rêne, no primeiro e segundo dia, recheados de muitas risadas e gozações, fundo de cena para os dias ensolarados daquela inesquecível semana.
"Essas amizades começaram há 2 anos, quando participei num dos "Encontros de Cicloturismo", na ocasião pelo percurso ciclo turístico do "Vale Europeu" em Santa Catarina" e entre eles o nosso querido atleta paraolímpico, Fabio Rigueira, que por estar focado nos treinamentos para o Ironman, não pôde nos acompanhar na ciclo aventura. Não se pode deixar de registrar a falta do amigo Marcelo Bruder, que por questões de trabalho, também não pôde nos acompanhar" - inicia a conversa o Professor Arnaldo.
DAY 1: SALVADOR (Camaçari) a Baixio = 145 KM
"Assim, depois do Piruca ter nos levado aos pontos turísticos de Salvador, já que o George não conhecia a capital baiana, pouco antes do amanhecer, partimos, ora via acostamento da rodovia bem próximo a orla marítima, ora pela praia, como se deu entre as localidades de Imbassaí e Costa do Sauípe, sempre de olho na maré,
que quando está baixando permite que pedalássemos pela faixa de areia, com vento contra, no sentido a Aracajú no estado do Sergipe.
Para os que não sabem, pedalar na areia faz com que a velocidade média caia bastante, mas se o vento for a favor é bem divertido. Agora, com vento contra, como aconteceu em algumas ocasiões até Maceió, a história muda de figura e pedalar a 12km/h já está de bom tamanho.
Como o nosso amigo baiano Renê achava que era um Rally, terminamos o pedal em Baixio, depois de haver pedalado por meros 145 km., distância não compatível com uma ciclo viagem, mas como todos estavam razoavelmente bem preparados e com muita experiência nesse tipo de pedal, nada além do cansaço, belas paisagens e muita gozação encerrou a participação do nosso grande amigo Luciano, o Piruca, como é carinhosamente conhecido, pois tinha que trabalhar no dia seguinte.
DAY 2: Baixio a Siribinha = 56 KM
Neste segundo dia de ciclo aventura, ainda com o Renê nos guiando, pedalamos por uns 15 km iniciais pela rodovia, já que a maré estava alta e não permitia que pedalássemos pela areia, que se deu da Barra do Itariri a Siribinha, bordeando também ao lado esquerdo pelo rio Itapicuru, que faz alargando suas margens na medida que se aproxima de sua foz.
Para a nossa sorte, terminamos esse curtíssimo dia de pedal, isso na opinião do galático Renê, nos hospedando na Pousada Iemanjá, hospedagem "pé na areia", com direito a soneca nas redes em frente ao belo mar e temperatura de verão, apesar de ainda estarmos no outono, além de nos fartarmos de pratos a base de pescados em um pequeno restaurante de Siribinha, um vilarejo bem pitoresco.
DAY 3: Siribinha (Bahia) a Aracajú (Sergipe) = 109 Km
Nesta manhã do terceiro dia dessa ciclo aventura, a primeira ação foi cruzar de barco o rio Itapirucu, para então, já sem a presença do Renê, que voltaria a Salvador, pedalarmos por uma graciosa estradinha de terra pelos primeiros 10 km. até o vilarejo praiano de Costa Azul, alí o último ponto de comércio até a localidade de "Mangue Seco", divisa com o Estado de Sergipe, local muito requisitado para novelas e filmes por suas belezas naturais.
Aí como dizia toda hora o meu filho George - praia e coqueiros, praia e coqueiros, - porém sem carros, jipes ou mesmo pessoas, lembrando que isso só foi possível graças à maré baixa.
O grande barato era encontrar depois de dezenas de quilômetros pedalados algum comércio, sempre era acompanhado de serviço de redes, um luxo em meio do paraíso baiano.
Já ao anoitecer, enfim, pudemos concluir nosso pedal na bela Aracaju, uma cidade praiana com ares de interior, sem aquele loucura das grandes capitais brasileiras.
DAY 3: Aracajú (Sergipe) a Piaçabuçu (Alagoas) = 112 Km
Depois de cruzar a área central de Aracaju, em Barra dos Coqueiros, nos deliciamos por mais de 80 km sempre pela praia, atravessando toda a Reserva Biológica de Santa Isabel até o vilarejo de Carapitanga, isso com a devida permissão da maré baixa, sendo que os últimos 10 Km foram bem duros, pois o vento virou de lado e tornou esse trecho um suplício, recompensado pela natureza exuberante.
Dali em diante foram outras tantas dezenas de quilômetros pedalados no fim da tarde até o anoitecer, não sem antes ter quer cruzar a foz do Rio São Francisco, para finalmente adentrar o Estado de Alagoas, terminando o nosso pedal na pequena e aprazível cidadezinha de Piaçabuçu, com direito a mais um jantar regado a carne de sol e cerveja.
DAY 4: Piaçabuçu (AL) a Barra de São Miguel (AL) = 111 Km
Por mais que o vento contra e a areia limite a velocidade de deslocamento, pedalar por horas e horas sem ouvir ruídos e finas de carros ou caminhões, isso sem contar que nessa época sem férias escolares ou feriados prolongados, a paz invade nossos corações de ciclistas aventureiros e a curtição se instala, dando até aquela preguiça baiana bem ao estilo do nosso amigo Piruca.
Como o percurso era longo, chegamos novamente ao anoitecer ao turística localidade de Barra de São Miguel, sem poder curtir uma boa praia regada a carne de sol e cerveja, uma boa razão para qualquer cicloviagem ou ciclo aventura, não é mesmo?
DAY 5: Barra de São Miguel (AL) a Maceió (AL) = 34 Km
No entanto, como os ciclistas são pessoas de sorte, coisas boas no aguardavam, que vale aqui registrar:
Em Maceió teríamos que ir procura de uma Bike Shop que nos fornecesse duas caixas de papelão para acondicionar as nossas amadas bikes, pois voltaríamos de avião a São Paulo dois dias depois.
Então, eis que alcançamos a ciclista Patricia Maria, a Patty (que sorridente aparece ao fundo na foto ao lado) e suas três amigas já próximo ao centro de Maceió.
Papo vai, papo vem, elas acabaram nos levando a um bairro da capital alagoana onde havia varias lojas onde conseguimos as tais caixas e no dia seguinte ainda fomos convidados a comer carne do sol e charque no típico restaurante "Maria Furadinha", nome esse por causa das 17 facadas que a dona do estabelecimento levou e ainda assim, sobreviveu.
Depois do belo almoço, fomos à casa de um dos membros do grupo e depois de muitas cervejas com vários petiscos, acabei por ser convidado a fazer parte do grupo "Bikers Tour" para a cicloviagem em janeiro de 2018, pela Rota do Imperador, quase 1.000 quilômetros em poucos dias, ou seja, os nordestino são brutos mesmo!" - termina o relato o Professor Arnaldo Farias, já com saudades dos novos e dos atuais amigos que só o ciclismo sabe fazer. Fato!!!
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